Nações ocidentais rejeitaram acusações apresentadas pela Rússia no Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) na 6ª feira (11.mar.2022), sobre o suposto desenvolvimento de armas químicas por parte da Ucrânia, com ajuda dos Estados Unidos.
a reunião, convocada depois de um pedido da Rússia, Moscou acusou Washington financiar de pesquisas com armamentos químicos em solo ucraniano.
O embaixador russo na ONU, Vassili Nebenzia, acusou Kiev de manter uma rede de 30 laboratórios que desenvolvem “experimentos biológicos extremamente perigosos”, com o objetivo de disseminar “patógenos virais” por morcegos.
Esses patógenos incluiriam cólera, antraz, pestes e outras doenças letais, afirmou Nebezia, sem apresentar provas. “Experimentos estão sendo conduzidos para estudar a disseminação de doenças perigosas usando parasitas ativos como piolhos e pulgas”, disse o diplomata.
Washington e Kiev negaram a existência de tais laboratórios. O subsecretário-geral da ONU para Desarmamento, Izumi Nakamitsu, disse durante a reunião que as Nações Unidas não possuem conhecimento de qualquer programa de armas biológicas na Ucrânia.
Os países ocidentais criticaram o fato de a Rússia usar o Conselho de Segurança para espalhar desinformação e teorias absurdas da conspiração.
“Bandeira falsa” russa
A enviada americana, Linda Thomas-Greenfield, disse que a Rússia “fabrica alegações sobre armas químicas ou biológicas para justificar seus próprios ataques violentos ao povo ucraniano”.
“A intenção por trás dessas mentiras parece bem clara, e é profundamente perturbadora”, afirmou. “Acreditamos que a Rússia poderá usar armas químicas ou agentes biológicos como parte de incidentes de ‘bandeira falsa’, ou de apoio a suas operações táticas militares.”
Ela acusou a Rússia de convocar a reunião simplesmente para “mentir e espalhar desinformação” e disse que seu país ajudou a Ucrânia a erguer instalações de saúde para a detecção de doenças como a covid-19.
“A Rússia possui um histórico de acusar falsamente outros países de violações que a própria Rússia comete”, afirmou Thomas-Greenfield.
A embaixadora britânica Barbara Woodward disse que a Rússia tentou usar o Conselho para proferir “uma série de teorias da conspiração absurdas, completamente sem fundamento e irresponsáveis”.
“Em termos diplomáticos: eles proferem asneiras. Não há um fragmento de provas críveis de que a Ucrânia teria um programa de armas biológicas”, disse.
Em 2018, Moscou acusou Washington de conduzir experimentos secretos com armas biológicas em um laboratório na Geórgia, outra ex-república soviética que, assim com a Ucrânia, tinha ambições de aderir à Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e à União Europeia.
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