''Contrato com a BRK “é uma armadilha do governo para os alagoanos”

 


“Isso é apenas o começo”, garante um especialista da área, que pede para não ser identificado temendo sofrer represálias, ao comentar o aumento da tarifa de água para os municípios da região Metropolitana de Maceió, “atendidos” agora pela BRK..

Ele já havia subsidiado o blog quando da negociação dos serviços da Casal – privatização, o que o governo não admite – e já dizia então que os preços dos serviços da BRK iriam subir rapidamente, até atingir níveis insuportáveis para o cidadão e a cidadã comuns, que vivem de salários.

O aumento da tarifa agora, 14,3%, que passar a vigorar em dezembro, “é apenas um aperitivo”, observa.

O contrato com a BRK - feito e comemorado pelo governo Renan Filho -, que renderia R$ 2 bi aos cofres do estado – o que foi reduzido para R$ 1 bi -, vai custar muito mais para o bolso dos contribuintes, que pagará a conta.

“A regulamentação por contrato só favorece a empresa, que tem grande voracidade pelo dinheiro da população”.

Ele explica que para obter o reajuste que pretende, a BRK apresenta uma cesta de dez indicadores, e “até a ARSAL fica de mãos atacadas para se contrapor a aumentos absurdos, como agora. O pessoal tenta encontrar algo que possa favorecer o consumidor, mas só encontra questões que favorecem à BRK”.

Ele alerta que o pior ainda vai acontecer com os municípios que tinham os seus serviços autônomos: “Nessas cidades, as pessoas vão ter de trocar o pão pela água”, daqui a poucos anos.

Esse modelo é impiedoso e ineficiente, observa, lembrando que “na Europa, que deu início à privatização dos serviços de água e esgoto, os governos estão reestatizando esses serviços. Nós sabemos que estamos errados, mas persistimos por causa do brilho nos olhos que o dinheiro da privatização provoca”.

Definindo o contrato da BRK como “uma armadilha para os alagoanos”, ele assegura que “já em janeiro, quando for pagar o novo aumento da tarifa de água, a população sentirá saudades da Casal”.

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