Maceió tem 1,1 mil pessoas vivendo em situação de rua, diz secretaria

Para mudar esse cenário na capital, a Semas realiza o Serviço Especializado em Abordagem Social



Nas ruas, sem ter o que comer, vestir e um teto para dormir. Essa é a situação de cerca de 1,1 mil pessoas que vivem em situação de rua na capital alagoana, segundo dados da Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas), repassados à reportagem.



Segundo a secretaria, são 1.101 pessoas que vivem de modo vulnerável nas ruas de Maceió, no entanto, não foi especificado se todas elas, de fato, não possuem um lar.


Conforme a Semas, uma parcela de quem vive em situação de rua pode ter um lar [de parentes, na maioria das vezes], porém, há quem prefira estar nas ruas, dia e noite, para pedir dinheiro e/ou fazer uso de drogas.

“Há situações de pessoas que moram nas ruas, por não ter um lar, e de pessoas que têm casa, mas que, por vez, dormem fora para pedir dinheiro e usar drogas”, informou.

Ainda conforme a secretaria, das 1,1 mil pessoas que atualmente estão nas ruas, 175 delas são homens de 0 a 12 anos e 123 mulheres com a mesma faixa etária. Adolescentes de 13 a 17 anos somam 50, e adultos de 18 a 59 anos somam 691. Há também 62 idosos vivendo nas ruas na capital.

Os dados mostram ainda que há o registro de crianças em situação de trabalho infantil nas ruas de Maceió (29 casos) e de pessoas usuárias de crack e outras drogas ilícitas (71).

Para combater esse cenário, a Semas realiza o Serviço Especializado em Abordagem Social, para conscientização dos moradores de rua. As equipes, compostas por psicólogos, assistentes sociais e educadores sociais, têm como objetivo inserir essas pessoas novamente na sociedade, oferecendo capacitação, oportunidade de emprego e moradia em albergues municipais.

Para também ajudar essa população, Organizações Não Governamentais (ONGs) trabalham em prol de fornecer alimentos e roupas para os mais vulneráveis. O projeto Doe Amor Mcz, por exemplo, distribui doações durante a semana na capital.

"Nosso projeto leva para os moradores de rua, todas as quartas, 90 kg de cuscuz recheado, 40 litros de suco de fruta, 30 litros de café, água mineral e bananas. Para as crianças, levamos biscoitos e leite achocolatado. Aos domingos, levamos 800 sanduíches no lugar do cuscuz. Além disso, ajudamos outros projetos. Todas as terças nós também bancamos um sopão para 200 pessoas, realizado no bairro do Jacintinho. E, também aos domingos, visitamos 3 lares de idosos, levando alimentos, roupas, materiais de limpeza. Nosso foco, primeiramente, é nos que estão nas ruas, em situação de vulnerabilidade”, explicou Aldo Flores, presidente da ONG.

O projeto Doe Amor surgiu em 2021, na pandemia da Covid-19, e à época muitos voluntários trabalharam para ajudar o máximo de gente possível. Posteriormente, o número foi diminuindo, segundo o presidente do projeto, porém, atualmente, a procura pelo trabalho vem crescendo novamente, o que é bastante comemorado por Aldo.


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